Esta é uma crónica especial. Pela primeira vez, a Irmandade deslocou-se à bela região do Minho. Mas mais do que isso, pela primeira vez não foram os elementos residentes da Irmandade a escolher o local - desta vez foram os restantes elementos desta comunidade crescente, os nossos amigos e seguidores que votaram no Nordeste Crossbooking Café. A votação esteve renhida durante os primeiros dias, mas na recta final, uma verdadeira legião de guerreiros bracarenses devastaram toda a concorrência e decidiram o nosso destino.
Foi pois, com a responsabilidade acrescida de irmos a um local que já sabia que ia ser visitado (mas não quando) que tentamos ser o mais discretos possível, para não influenciar ou perturbar a degustação desta Francesinha.
Para quem não conhece Braga, o sítio não é propriamente imediato de encontrar. Claro que dada a quantidades de seguidores, o mesmo não se pode certamente dizer sobre os nativos da cidade dos Arcebispos. Fomos recebidos de forma muito acolhedora e escolhemos, claro está, a "especialidade da casa", regada com o néctar do costume. Fomos aproveitando para conhecer os "cantos à casa": dois espaços interiores, um que parecia mais para refeições, o outro mais para café e ainda uma esplanada que muito jeito dá para os dias de calor. Na zona interior, ressaltam um reclamo que lembra tempos antigos do "Nordeste" e um candeeiro de garrafas - a não perder!
Passado pouco tempo chegavam as Francesinhas mas desta vez cada uma montada em sua polida frigideira. É que no Nordeste, Francesinha "é na frigideira", e bem víamos os slogans nos cartazes para não nos esquecermos. A linguiça dobrada no topo não podia deixar de nos fazer lembrar outro local mítico já visitado pela Irmandade, mas a impressão no primeiro corte foi de uma certa desilusão. O pão era bastante mole, embora se notasse que tivesse sido tostado. Quem nos lê já conhece o grupo dos "esquisitinhos do pão", do qual sou honrado elemento, pelo que não posso perdoar. O molho estava bem picante, sal no ponto, mas talvez um pouco adocicado demais, com excesso de tomate. Quanto ao recheio, um dos pontos altos da noite. Um belo e suculento bife, bem temperado, e todos os ingredientes que são indispensáveis para mim que não necessito de grandes invenções, apenas de qualidade. Batatas, não maravilham nem comprometem. No fim, uma agradável surpresa com um preço bem baixo para o que estamos habituados.
Em resumo, é uma Francesinha que com um acerto ou outro se pode tornar ainda mais do nosso agrado, em particular no que respeita ao pão. Nota-se que o Nordeste está a fazer um grande esforço para agradar aos seus clientes e daí a grande quantidade de fieis seguidores que possui e merecem todo o nosso respeito. A esse sucesso não é alheio o bom serviço e tratamento quase familiar com que fomos brindados. Esperamos muito sinceramente que da próxima visita que fizermos, o Nordeste não tenha quase 600 seguidores no Facebook mas sim 6000.
E por falar em seguidores, resta-nos agradecer aos da Irmandade da Francesinha que não param de crescer e acorreram com entusiasmo a este desafio lançado. Preparem-se que há mais para vir!